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terça-feira, 28 de janeiro de 2014
PRONATEC abrirá 763 mil vagas para público do Brasil Sem Miséria até junho de 2014
Em 2013, os cursos do PRONATEC para o público do Brasil Sem Miséria
receberam mais de 830 mil matrículas. A meta é qualificar, até o final
de 2014, 1,3 milhão de pessoas inscritas no Cadastro Único para
Programas Sociais do governo federal. No Pronatec, os alunos recebem
apostilas, uniforme e ajuda de custo para transporte e alimentação. As
inscrições são realizadas pelas prefeituras, nos Centros de Referência
de Assistência Social (Cras) ou em outros equipamentos da assistência
social.
Até junho, haverá outro período de negociação para a definição das vagas do segundo semestre. “Os municípios, com o apoio dos estados, se reúnem com a rede ofertante dos cursos para definir quantidade de vagas e tipos de cursos que melhor atendem à demanda do mercado de trabalho local”, explica o assessor da Diretoria de Inclusão Produtiva Urbana do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Marcelo de Sousa.
http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/2014/janeiro/Pronatec-Vagas-1sem2014-municipios.pdf
Até junho, haverá outro período de negociação para a definição das vagas do segundo semestre. “Os municípios, com o apoio dos estados, se reúnem com a rede ofertante dos cursos para definir quantidade de vagas e tipos de cursos que melhor atendem à demanda do mercado de trabalho local”, explica o assessor da Diretoria de Inclusão Produtiva Urbana do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Marcelo de Sousa.
http://www.mds.gov.br/saladeimprensa/noticias/2014/janeiro/Pronatec-Vagas-1sem2014-municipios.pdf
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
MDS vai investir quase R$ 1 bilhão em acesso à água no Semiárido
Convênios firmados no final do ano passado vão entregar mais de 134 mil
cisternas de água para consumo e 51 mil tecnologias de apoio à produção
agrícola até o final de 2015
Brasília, 14 – O Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) investirá quase R$ 1
bilhão para financiar a construção de tecnologias sociais de acesso à
água na área rural do Semiárido. Por meio de convênios firmados em
dezembro, serão entregues mais de 134 mil cisternas de água para
consumo e outras 51 mil tecnologias sociais que auxiliam na produção
dos agricultores familiares, até o final de 2015.
Para
consumo das famílias, serão construídas cisternas de placa de cimento,
com capacidade para abastecer uma família com cinco pessoas por até 8
meses. As tecnologias de apoio à produção agrícola podem ser cisternas
do tipo calçadão, de enxurrada, telhadão ou aprisco, além de barragens
subterrâneas, barreiros lonados e barreiros trincheira.
“A política de cisternas vem contribuindo para modificar a área rural no Semiárido. A água é um instrumento importante porque ela é infraestrutura para qualquer relação de produção num espaço onde se tem pouca pluviometria, como é o caso daquela região”, afirma a diretora do Departamento de Fomento e Estruturação da Produção do MDS, Francisca Rocicleide da Silva.
Realizadas a partir do novo marco legal do Programa Cisternas, estas contratações aumentarão a capacidade operacional e de execução dos recursos. Desde o fim de 2013, foi autorizada a dispensa de licitação para entidades sem fins lucrativos já credenciadas por cinco anos pelo ministério para implantação do programa.
Os convênios foram realizados a partir de projetos e valores por unidade entregue. Além do processo mais simplificado, é possível acompanhar online a execução da entrega das cisternas e, ao mesmo tempo, localizá-las por meio de uma ferramenta de georreferenciamento na internet.
“Com o novo marco legal e com esse montante de investimentos, aumentamos a abrangência do atendimento, o que permite que mais famílias tenham acesso à água, e damos um passo para uma transição: estamos buscando a universalização das cisternas e ampliando consideravelmente a ação de construção de tecnologias de apoio à produção agrícola”, explica o coordenador-geral de Acesso à Água do MDS, Igor Arsky.
*Para receber mais informações sobre segurança alimentar e nutricional, envie e-mail para redecomsesan@mds.gov.br
Central de Atendimento do MDS:
0800 707 2003
Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa
“A política de cisternas vem contribuindo para modificar a área rural no Semiárido. A água é um instrumento importante porque ela é infraestrutura para qualquer relação de produção num espaço onde se tem pouca pluviometria, como é o caso daquela região”, afirma a diretora do Departamento de Fomento e Estruturação da Produção do MDS, Francisca Rocicleide da Silva.
Realizadas a partir do novo marco legal do Programa Cisternas, estas contratações aumentarão a capacidade operacional e de execução dos recursos. Desde o fim de 2013, foi autorizada a dispensa de licitação para entidades sem fins lucrativos já credenciadas por cinco anos pelo ministério para implantação do programa.
Os convênios foram realizados a partir de projetos e valores por unidade entregue. Além do processo mais simplificado, é possível acompanhar online a execução da entrega das cisternas e, ao mesmo tempo, localizá-las por meio de uma ferramenta de georreferenciamento na internet.
“Com o novo marco legal e com esse montante de investimentos, aumentamos a abrangência do atendimento, o que permite que mais famílias tenham acesso à água, e damos um passo para uma transição: estamos buscando a universalização das cisternas e ampliando consideravelmente a ação de construção de tecnologias de apoio à produção agrícola”, explica o coordenador-geral de Acesso à Água do MDS, Igor Arsky.
*Para receber mais informações sobre segurança alimentar e nutricional, envie e-mail para redecomsesan@mds.gov.br
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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Ministério distribuiu mais de 1,4 milhão de cestas de alimentos em 2013
No total, 380 mil famílias em situação de insegurança
alimentar e nutricional receberam mais de 35 toneladas de alimentos.
Destas, 291 mil receberam doações regulares de produtos e 89 mil foram
atendidas em situações emergenciais
Brasília, 7 – O Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) distribuiu mais de 1,4
milhão de cestas de alimentos em 2013. De janeiro a novembro, quase 35
mil toneladas de alimentos foram entregues a 380 mil famílias em
situação de insegurança alimentar e nutricional, principalmente
trabalhadores rurais acampados, comunidades quilombolas, comunidades de
terreiros, indígenas e pescadores artesanais. Destas, 291 mil receberam
doações regulares e 89 mil foram atendidas em situações emergenciais.
As cestas são compostas preferencialmente por produtos da agricultura familiar, comprados pelo governo por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). De acordo com a diretora de Apoio à Aquisição e Comercialização de Produção Familiar do MDS, Denise Kroeff, a ação complementa outras políticas sociais do Ministério. “A distribuição de alimentos possibilita o atendimento emergencial das famílias em insegurança alimentar e a sua identificação para inclusão no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e, eventualmente, no Bolsa Família.”
As cestas também são distribuídas em situações de calamidade provocadas por secas e enchentes, por exemplo, como complemento das ações da Defesa Civil. Na última semana, 3 mil cestas de alimentos foram enviadas ao Espírito Santo para atender às famílias desabrigadas por causa das fortes chuvas em 54 municípios.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é a responsável pela aquisição dos alimentos e armazenamento das cestas, e em parceria com estados e municípios. A distribuição é feita pela Defesa Civil, pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e pela Fundação Cultural Palmares, entre outros parceiros.
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0800 707 2003
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Ascom/MDS
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terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Bolsa Família: acompanhamento familiar ajuda a superar vulnerabilidades
Famílias que descumprem compromissos relacionados a educação
e saúde recebem acompanhamento permanente e sistemático para
regularizar a situação e evitar o cancelamento do benefício. Em todo o
país, 17 mil famílias são acompanhadas
Brasília, 3 – Um dos diferenciais do
Bolsa Família em relação a outros programas de transferência de renda no
mundo é o foco no acompanhamento das famílias atendidas, com o
objetivo de ajudá-las na superação das vulnerabilidades decorrentes da
situação de pobreza. Em 2013, cerca de 900 famílias que corriam o
risco de terem seus benefícios cancelados por descumprirem os
compromissos relacionados à educação e à saúde passaram a receber
acompanhamento familiar constante e sistemático, de acordo com suas
principais necessidades, para regularizar a situação e evitar a perda
do benefício. Ao todo, existem 17 mil famílias atendidas pelo programa
em acompanhamento familiar.
Para permanecer no Bolsa Família,
os beneficiários devem cumprir condicionalidades de educação e saúde,
como contrapartida para a transferência de renda: cumprimento da
frequência escolar pelas crianças e jovens de 6 a 17 anos; realização de
exames pré-natal pelas gestantes e vacinação das crianças de 0 a 6
anos. Ao mesmo tempo em que impõem compromissos às famílias, as
condicionalidades também exigem que o Estado aprimore os serviços de
educação e saúde e amplie o acesso da população mais pobre a eles.
Segundo
o coordenador geral de Condicionalidades do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Marcos Maia, o
descumprimento desses compromissos de saúde e educação é um importante
indicador de que a família precisa de ajuda. Nestes casos, ele diz, o
foco da ação do Estado deve ser o de auxiliar os beneficiários ao invés
de penalizá-los. “Nosso objetivo é aumentar o acompanhamento familiar
para evitar o cancelamento do Bolsa Família, que prejudicaria quem
realmente precisa do benefício”, explica o coordenador. “O cancelamento
por descumprimento de condicionalidades deve ser exceção e não regra.”
Em
2012, o MDS publicou a portaria nº 251, que mudou as regras das
condicionalidades do Bolsa Família. Com a mudança, as famílias só têm o
benefício cancelado se, mesmo com acompanhamento socioassistencial,
continuarem descumprindo os compromissos. “Trabalhamos para que nenhuma
família em descumprimento das condicionalidades fique sem
acompanhamento familiar”, destaca Maia.
O impacto da portaria
foi positivo. Em março de 2012, antes da publicação, 21 mil benefícios
foram cancelados por descumprimento de condicionalidades. Em 2013,
nenhuma família teve o benefício cancelado por este motivo. A ideia,
explica Marcos Maia, é que os beneficiários, com o apoio inicial da
transferência de renda, adquiram autonomia e não precisem mais receber o
benefício. Mas, enquanto isso não acontece, é dever do Estado
apoiá-los em suas principais necessidades.
O coordenador lembra
que as mudanças das regras trouxeram mais oportunidades para as famílias
em situação de vulnerabilidade. No entanto, cabe aos gestores do
programa nos estados e nos municípios uma concentração de esforços para
evitar os cancelamentos, por meio de uma avaliação, caso a caso,
desses beneficiários. Atualmente, existem cerca de mil famílias em
acompanhamento familiar e que ainda estão em fase de suspensão do
benefício, por descumprimento das condicionalidades. Elas devem
regularizar a situação o quanto antes, para não terem seus benefícios
cancelados a partir de março de 2014.
Central de Atendimento do MDS:0800 707 2003
Informações para imprensa:
Ascom/MDS
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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Ministério investirá R$ 68 bilhões em 2014
Recurso representa aumento de quase 10% em relação ao
orçamento da área em 2013 e é quase três vezes maior do que o
investimento feito em 2005, quando o governo federal criou o Sistema
Único de Assistência Social (Suas)
Brasília, 2 – O Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai investir R$ 68 bilhões
nos serviços, programas e benefícios da área social em 2014. Este valor
representa um aumento de quase 10% em relação ao orçamento do ano
passado para a área, que foi de R$ 62,8 bilhões, e é quase três vezes
maior do que os R$ 22,8 bilhões investidos na área pelo governo federal
em 2005, ano em que o Sistema Único de Assistência Social (Suas) foi
criado.
O Suas é o sistema público que garante atendimento a pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e risco social, além de fazer o acompanhamento dos beneficiários do Bolsa Família. Para isso, conta com uma rede de 7.507 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) em 5.527 municípios, 2.318 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) em 2.073 cidades e 291 Centros de Referência Especializados para a População em Situação de Rua (Centros POP), entre outros equipamentos públicos.
Do total do orçamento do MDS em 2014, R$ 39,3 bilhões são voltados para o financiamento do Suas, que também é compartilhado com governos estaduais e prefeituras. As transferências dos recursos são feitas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) para os fundos estaduais e municipais. Entre 2005 e 2012, a participação federal no financiamento da assistência social cresceu 140%. Em 2012, o valor ultrapassou R$ 2 bilhões. Além disso, em 2013, o MDS doou 123 lanchas sociais para as regiões da Amazônia Legal e Pantanal e financiou 1.197 equipes volantes para atendimento de populações que vivem em territórios e isolados.
Os investimentos federais para aperfeiçoar a gestão do sistema também foram ampliados. Os repasses mensais do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) permitiram que os gestores municipais e estaduais investissem em equipamentos, material de consumo, folha de pagamento, entre outros. Em 2012, foram destinados R$ 614 milhões, sendo R$ 139 milhões para a gestão do Suas e R$ 475 milhões para a gestão do Bolsa Família.
A rede de atendimento do Suas conta com 590 mil profissionais que atuam nos equipamentos públicos e em entidades socioassistenciais conveniadas. Para eles, o ministério investiu R$ 27,3 milhões no Programa Nacional de Capacitação do Suas (CapacitaSuas) em 2013, que pretende capacitar 67 mil trabalhadores até o final de 2014.
Proteção – O Suas também tem contribuído no combate ao trabalho infantil. Com a soma das ações das politicas públicas e o apoio da sociedade civil, o número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil no país foi reduzido em 57% entre 1992 e 2011. Em 2013, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) foi incorporado ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Suas, ofertado pelos Cras.
Desde então, 288 municípios prioritários e 26 estados passaram a contar com recursos específicos para desenvolvimento de ações estratégicas. A meta do MDS é garantir a cobertura plena de 1.913 municípios que concentram mais de 80% das ocorrências de trabalho infantil no país.
Central de Atendimento do MDS:
0800 707 2003
Informações para imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa
O Suas é o sistema público que garante atendimento a pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e risco social, além de fazer o acompanhamento dos beneficiários do Bolsa Família. Para isso, conta com uma rede de 7.507 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) em 5.527 municípios, 2.318 Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) em 2.073 cidades e 291 Centros de Referência Especializados para a População em Situação de Rua (Centros POP), entre outros equipamentos públicos.
Do total do orçamento do MDS em 2014, R$ 39,3 bilhões são voltados para o financiamento do Suas, que também é compartilhado com governos estaduais e prefeituras. As transferências dos recursos são feitas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) para os fundos estaduais e municipais. Entre 2005 e 2012, a participação federal no financiamento da assistência social cresceu 140%. Em 2012, o valor ultrapassou R$ 2 bilhões. Além disso, em 2013, o MDS doou 123 lanchas sociais para as regiões da Amazônia Legal e Pantanal e financiou 1.197 equipes volantes para atendimento de populações que vivem em territórios e isolados.
Os investimentos federais para aperfeiçoar a gestão do sistema também foram ampliados. Os repasses mensais do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) permitiram que os gestores municipais e estaduais investissem em equipamentos, material de consumo, folha de pagamento, entre outros. Em 2012, foram destinados R$ 614 milhões, sendo R$ 139 milhões para a gestão do Suas e R$ 475 milhões para a gestão do Bolsa Família.
A rede de atendimento do Suas conta com 590 mil profissionais que atuam nos equipamentos públicos e em entidades socioassistenciais conveniadas. Para eles, o ministério investiu R$ 27,3 milhões no Programa Nacional de Capacitação do Suas (CapacitaSuas) em 2013, que pretende capacitar 67 mil trabalhadores até o final de 2014.
Proteção – O Suas também tem contribuído no combate ao trabalho infantil. Com a soma das ações das politicas públicas e o apoio da sociedade civil, o número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil no país foi reduzido em 57% entre 1992 e 2011. Em 2013, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) foi incorporado ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Suas, ofertado pelos Cras.
Desde então, 288 municípios prioritários e 26 estados passaram a contar com recursos específicos para desenvolvimento de ações estratégicas. A meta do MDS é garantir a cobertura plena de 1.913 municípios que concentram mais de 80% das ocorrências de trabalho infantil no país.
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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
População negra é a maior beneficiária de programas sociais no Brasil
O Programa Bolsa Família chega aos
seus 10 anos com uma série de bons resultados a comemorar. Entre eles,
um resgate histórico: a redução da pobreza entre a população negra.
Hoje, das 13,8 milhões de famílias atendidas pelo programa, 73% se
autodeclaram pretas ou pardas. São mais de 10 milhões de famílias que,
por meio da transferência de renda, saíram da extrema pobreza e estão
construindo um futuro melhor para seus filhos, com mais acesso à saúde e
à educação.
“Nós temos vários indicadores que mostram de forma
contundente que enfrentar a exclusão social é um dos passos para
combater também a exclusão racial, mas não é o único”, enfatizou a
presidenta da República, Dilma Rousseff, durante a 3ª Conferência
Nacional de Promoção da Igualdade Racial, em novembro de 2013. A
presidente relembrou que, no Brasil, a pobreza sempre foi
predominantemente negra e atingia, sobretudo, mulheres e crianças. Mas
Eessa realidade está mudando, não apenas com a transferência de renda,
mas com a oferta de qualificação profissional e o incentivo ao
empreendedorismo.
Atualmente, pretos e pardos representam 65% dos
alunos matriculados nos cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec) voltados ao público do Plano Brasil Sem
Miséria. “O jovem negro nem sempre tem acesso direto à universidade
direto, mas ele, tendo uma formação profissional, já consegue se
estabelecer dentro da sociedade. E a sociedade passa a ter um novo olhar
para este jovem”, explica a representante da União de Negros pela
Igualdade (Unegro) no Conselho Nacional de Assistência Social, Nilsia
Santos.
Em dez anos, o percentual de negros entre 18 e 24 anos no
ensino superior mais que triplicou no Brasil. Hoje, eles são mais da
metade dos bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni). De
acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (PNAD/IBGE), a quantidade de
bolsistas negros cresceu de 10,2%, em 2001, para 37,4% em 2012. São 630
mil pretos e pardos cursando o nível superior.
Um desses bolsistas
foi a advogada Jeniffer Silva que, com a ajuda do benefício que a mãe
recebia do Bolsa Família, deu continuidade aos estudos. Ela obteve uma
excelente nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e conquistou a
bolsa do ProUni. “Quando eu consegui a bolsa, foi a realização de um
sonho. Eu me sinto orgulhosa de olhar na minha carteira de trabalho e de
ver lá: faxineira e assessora jurídica”, afirma.
Os negros também
representam 60% dos Microempreendedores Individuais (MEI) inscritos no
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Entre setembro
de 2011 e maio de 2013, 78% das operações de Microcrédito Produtivo
Orientado do Programa Crescer foram feitas por empreendedores negros.
“Pretendo ampliar a minha cozinha, porque eu trabalho com cocadas.
Colocar cerâmica na parede, revestimento, e investir para que eu possa
trabalhar e progredir”, explica a microempreendedora de Fortaleza (CE)
Antônia Aurenice Alves da Silva.
Renda
Das
19 milhões de pessoas que saíram da extrema pobreza com a ação Brasil
Carinhoso, entre 2012 e 2013, 77% são negras. A ação integrante do Plano
Brasil Sem Miséria foi lançada em 2012 pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e complementou a renda dos
beneficiários do Bolsa Família, garantindo que todas as famílias
atendidas pelo programa tenham renda acima de R$ 70 mensais por pessoa.
“Melhorou tudo, p. Porque hoje a gente pode comprar um sapato, um
eletrodoméstico para dentro de casa. Então foi ondeA ajudou muito e vai
ajudar mais ainda”, afirma a agricultura familiar Daniela Fagundes, do
município de Bebedouro (SP).
Na área rural, 79% das famílias que
receberam cisternas do programa Água para Todos são negras. E 78% dos
beneficiários da Assistência Técnica e Extensão Rural, doação de
sementes e fomento do Plano Brasil Sem Miséria também se autodeclaram
pretos ou pardos. “Eu peguei um financiamento, comprei uma
irrigaçãozinha, e aí eu já comecei com a hortinha. Plantei feijão,
milho, já tinha o tratorzinho. Foi cada vez mais evoluindo para uma
situação melhor”, conta o agricultor familiar de Bebedouro (SP), Jaime
Fagundes dos Santos.
Na Amazônia Legal, os negros são 92% dos
beneficiários do Programa Bolsa Verde, do Ministério do Meio Ambiente. O
programa paga R$ 300 a cada trimestre, durante dois anos, para famílias
que desenvolvem atividades de uso sustentável dos recursos naturais em
Reservas Extrativistas, Florestas Nacionais, Reservas de Desenvolvimento
Sustentável federais e Assentamentos Ambientalmente Diferenciados da
Reforma Agrária, além de territórios ocupados por ribeirinhos,
extrativistas, populações indígenas, quilombolas e outras comunidades
tradicionais.
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