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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Pesquisa feita em Alagoas comprova poder de compra do Bolsa Família

Levantamento realizado por grupo de estudo de universidade federal do estado mostra que benefício é suficiente para pagar cesta de alimentos com 13 itens mais o botijão de gás
Brasília, 7 – O Grupo de Pesquisa em Economia Popular da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realizou um levantamento inédito no país, no final de maio, comprovando que o benefício do Programa Bolsa Família é suficiente para a compra de uma cesta de alimentos com 13 itens mais o botijão de gás. Os pesquisadores foram às feiras populares de Maceió e descobriram que o programa de transferência de renda garante estabilidade e segurança alimentar.

Doutor pela Universidade de Córdoba (Espanha) e professor da Ufal, o economista Cícero Péricles coordena o Grupo de Pesquisa em Economia Popular, que já desenvolveu diversos estudos sobre o impacto do Bolsa Família na economia. Segundo ele, a mais recente pesquisa serviu para comprovar que o programa garante, de forma estável, que “as famílias pobres tenham a capacidade de comprar uma cesta de alimentos com um volume razoável de produtos”.

Hoje, 425 mil famílias alagoanas recebem o benefício do programa de transferência de renda. Na avaliação do professor Cícero Péricles, esse volume de recursos, transferidos de forma direta, próximo a R$ 800 milhões por ano, tem feito a diferença na expansão econômica de Alagoas e em todo o Nordeste. “O impacto econômico é sentido nas feiras, na periferia.”

“Esses segmentos vêm tendo uma taxa de crescimento muito maior. Em sua pesquisa mensal sobre o comércio a varejo, o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] mostra índices positivos na região Nordeste desde 2004, de forma sequenciada e consistente. Uma explicação para isso é a permanência de um programa como o Bolsa Família, que transfere mais de R$ 1 bilhão por mês para 7 milhões de famílias só no Nordeste. Esses recursos vão diretamente para o consumo”, destaca Péricles.

Com o valor médio do benefício em Alagoas, que varia entre R$ 150 e R$ 155, as famílias conseguem comprar 5 kg de arroz, 3 kg de feijão, 5 kg de açúcar, 3 pacotes de café, 4 kg de cebola e tomate, 3 kg de farinha de mandioca, 3 kg de frango, 5 pacotes de macarrão, 3 pacotes de margarina, 2 latas de óleo, 80 pães, 2 kg de sal, 2 kg de salsicha e meio botijão de gás (um botijão tem duração média de 2 meses).

A pesquisa de preços nas feiras do Tabuleiro do Martins e Jacintinho, durante os dias 21 e 22 de maio, na capital alagoana, seguiu o roteiro e a lista de compras das mães beneficiárias do Bolsa Família. Esse grupo de consumidores, assinala o professor, tem uma rotina diferenciada para garantir melhores condições de compra. Essas mulheres costumam fazer pesquisas e esperar pela queda de preços no decorrer da feira.

Ascom/MDS
(61) 2030-1021

www.mds.gov.br/saladeimprensa

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