Visitas

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Busca ativa e parcerias com municípios são prioridade no combate à pobreza

Ministra Tereza Campello avaliou os principais desafios e conquistas do Bolsa Família durante teleconferência nesta segunda-feira (23). Debate tratou sobre os 10 anos do programa de transferência de renda e seu papel na superação da miséria
Brasília, 23 – A estratégia de Busca Ativa e a parceria com as prefeituras são as duas ferramentas mais importantes para superar o desafio de localizar e incluir, no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e no Programa Bolsa Família, as famílias brasileiras que ainda vivem em situação de extrema pobreza. A avaliação é da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, que participou nesta segunda-feira (23) de um debate sobre os 10 anos do Bolsa Família, durante teleconferência promovida pelo ministério em parceria com a TV NBR.
Para a ministra, o Bolsa Família, além de derrubar mitos e preconceitos contra os beneficiários, também tem contribuído para consolidar o Cadastro Único, base de dados que atende a 18 programas sociais atualmente. “Conseguimos alcançar uma escala enorme. O Bolsa Família se tornou uma ferramenta para manter o Cadastro Único atualizado e para o Estado brasileiro se reorganizar e oferecer serviços e oportunidades à população mais pobre", analisa.
A ministra afirmou que, ao longo dessa última década, o Bolsa Família superou vários preconceitos. Em especial, a falsa crença de que os beneficiários do programa seriam estimulados à acomodação. “Hoje, mais de 70% dos adultos que recebem o Bolsa trabalham, e trabalham muito”, afirmou. Tereza Campello ainda ressaltou o papel do Bolsa Família como uma ferramenta de combate ao trabalho infantil, na medida em que exige a frequência escolar das crianças e ajuda no sustento da família.
Além da Busca Ativa, a ministra aponta ainda que, nos próximos meses, os esforços do governo federal no Plano Brasil Sem Miséria voltam-se para a qualificação profissional e a inclusão produtiva da população mais pobre, além do acesso ao crédito e aos serviços ofertados pelo Estado.
Redução das desigualdades – Durante a teleconferência, o secretário Nacional de Renda de Cidadania, Luís Henrique Paiva, lembrou que pesquisas já apontaram que o Programa Bolsa Família tem o impacto entre 15% e 20 % na redução de desigualdades na população brasileira. Além disso, ele destacou que atualmente o programa gasta R$ 24 bilhões por ano com os benefícios – cerca de 0,46% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – e produz uma diferença enorme na vida das famílias. “É um programa com custo baixo e com alta efetividade”, resume.
O Diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Rafael Osório, chamou a atenção para as mudanças que ocorreram durante os 10 anos do Bolsa Família – como a ampliação dos benefícios voltados a jovens e crianças até 6 anos de idade. Para ele, essas mudanças contribuíram para reforçar a transferência de renda para famílias que realmente eram mais vulneráveis. “Essas mudanças não são feitas a partir do voluntarismo, há muitos estudos da equipe do Ministério do Desenvolvimento Social e do governo federal para saber o impacto na vida das pessoas e no orçamento do governo. Essas medidas são cuidadosamente calculadas”, aponta.
Os compromissos assumidos pelas famílias beneficiárias nas áreas de sáude e educação também foram destacados durante a teleconferência. O diretor de Condicionalidades do MDS, Daniel Ximenes, destacou que atualmente, em mais de 160 mil escolas, quase 15 milhões de estudantes têm a frequência escolar verificada e que mais de 95% deles cumpriram as condições. Ximenes ressaltou ainda que o abandono escolar diminuiu e que a aprovação das crianças melhorou com o Bolsa Família e com a permanência na escola por um maior tempo.
O diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Hêider Aurélio Pinto, avalia que também na saúde o Bolsa Família trouxe resultados positivos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, aproximadamente 8,7 milhões de famílias – de um total de 11,8 milhões acompanhadas – foram atendidas nas unidades básicas de saúde dos municípios ou receberam os agentes de saúde em casa.
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa

Nenhum comentário:

Postar um comentário