Entre setembro de 2011 e agosto de 2013, eles fizeram 2,3
milhões de operações de microcrédito produtivo orientado. No período,
52,3% das concessões de empréstimo do Crescer atenderam aos segmentos
mais pobres da população
Brasília, 19 – O Programa Crescer –
Microcrédito Produtivo Orientado, que faz parte do Plano Brasil Sem
Miséria, atendeu a quase 1 milhão de beneficiários do Bolsa Família em
dois anos. Entre setembro de 2011 e agosto deste ano, eles foram
responsáveis por 2,3 milhões de operações – uma média superior a dois
empréstimos por pessoa. No mesmo período, 1,1 milhão de operações foram
realizadas por integrantes de famílias de baixa renda que não recebem
Bolsa Família, mas estão inscritas no Cadastro Único para Programas
Sociais do Governo Federal. Isto significa que, das 3 milhões de
pessoas que receberam os empréstimos por meio do Programa Crescer nesses
dois anos, mais de 50% fazem parte dos segmentos mais pobres da
população.
A Região Nordeste se destaca como a que concentrou o
maior percentual geral de concessões de microcrédito por meio do
Crescer: 77%. Considerando as operações realizadas por beneficiários do
Bolsa Família, o percentual no Nordeste chega a 91%. A avaliação do
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a partir
destes números, é que o objetivo de ampliar pequenos negócios e de
incentivar a formalização e a geração de trabalho e renda entre os mais
pobres, por meio da concessão de microcrédito produtivo orientado,
está sendo alcançado.
“Os resultados mostram que especialmente
as pessoas em situação de pobreza e que fazem parte do Bolsa Família
têm a oportunidade ampliar e melhorar seu negócio”, avalia o Diretor de
Programas da Secretaria Extraordinária para Superação da Extrema
Pobreza do MDS, Marcelo Cabral. Ele destaca também o papel dos agentes
de crédito, que não apenas realizam a operação, mas as orientam as
pessoas a melhor investir os recursos.
O Programa Crescer é
coordenado pelo Ministério da Fazenda e oferece crédito para
microempreendedores individuais e pessoas físicas. Além de viabilizar a
criação de novos empreendimentos, o programa também estimula a
formalização dos empreendimentos e a ampliação do número de
Microempreendedores Individuais (MEI). Desta forma, eles podem emitir
notas fiscais, fazer parte da previdência social e registrar seu
empregado ou colaborador.
Por meio do programa, as instituições
bancárias oferecem dinheiro a taxas de juros mais baixas e com menos
burocracia. Em 2013, as taxas caíram de 8% para 5% ao ano, o
equivalente a 0,4% ao mês. O valor de cada operação pode chegar a R$ 15
mil e ela deve estar vinculada a atividades produtivas e não ao
consumo. O prazo para pagamento é definido entre as instituições e o
solicitante, de acordo com o tipo de empreendimento, a capacidade de
endividamento e o uso do recurso. O prazo médio de quitação gira em
torno de seis meses. Para obter o microcrédito, os interessados devem
procurar uma instituição financeira que participe do Crescer.
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