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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Bolsa Família tem maior impacto na redução da pobreza, com menor custo do mundo

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentado nesta terça-feira (15), em Brasília, mostra que cada real investido no programa estimula um crescimento de R$ 1,78 no PIB e reverte em R$ 2,40 no consumo final das famílias
Brasília, 15 – O Bolsa Família é o programa de transferência de renda condicionada que consegue o maior resultado, em termos de redução da pobreza e de retorno à economia, com o menor custo para o governo segundo padrões internacionais. Cada real investido no programa gera um retorno de R$ 1,78 para a economia e um efeito multiplicador de R$ 2,40 sobre o consumo final das famílias. Os dados fazem parte do estudo Efeitos macroeconômicos do Programa Bolsa Família - uma análise comparativa das transferências sociais, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgados nesta terça-feira (15) pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e pelo presidente do Ipea e ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcelo Neri, em Brasília.
O estudo comparou o programa Família a outras sete transferências públicas. Os dados revelam que o impacto do Bolsa Família na redução das desigualdades é 369% maior em relação aos benefícios previdenciários em geral e 86% maior se comparado ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é pago a idosos e pessoas com deficiência. E tudo isso com o investimento de R$ 24 bilhões por ano, que equivalem a apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Nos seus dez anos de existência, o Bolsa Família reduziu em 28% a extrema pobreza no Brasil.
“O programa é o principal símbolo na busca da igualdade”, destacou Marcelo Neri. “Sem ele, a pobreza subiria 36% no mesmo período e poderia ser maior por causa do efeito multiplicador”, acrescentou Neri. De acordo com os dados apresentados, entre 2002 e 2012, a proporção de brasileiros vivendo com menos de R$ 70 – a preços de 2011, corrigidos pela inflação ao longo da série – caiu de 8,8% para 3,6%. Sem a renda do Bolsa Família, a taxa de extrema pobreza em 2012 seria 4,9%.
A ministra Tereza Campello alertou que o estudo do Ipea não contempla os resultados de outras as ações do governo federal, como o Brasil Carinhoso, lançado em maio de 2012, e o Plano Brasil Sem Miséria, que conseguiu retirar 22 milhões de pessoas da extrema pobreza em menos de dois anos. “Com o Brasil Sem Miséria, expandimos, com aumento real de 55%, o valor do benefício recebido pelas famílias”, afirmou a ministra. O estudo do Ipea integra um livro comemorativo dos 10 anos do Bolsa Família, a ser lançado no final se outubro.
Prêmio – Durante a coletiva de imprensa, Tereza Campello comemorou o anúncio de que o Bolsa Família recebeu o I Prêmio por Desempenho Extraordinário em Seguridade Social (Award for Outstanding Achievement in Social Security), concedido pela Associação Internacional de Seguridade Social (em inglês, ISSA). Segundo a ministra, a premiação reconhece ao sucesso no combate à pobreza e na promoção dos direitos sociais da população mais vulnerável do Brasil. “Um prêmio fazendo referência ao conjunto de êxitos do Bolsa Família é grato, porque mostra o esforço do governo brasileiro em constituir uma rede de proteção social que olha vários aspectos e encara a população pobre como merecedora de direitos”, disse.
Tereza Campello irá representar o Brasil na solenidade de entrega do prêmio, que acontecerá durante o Fórum Mundial de Seguridade Social, entre 10 e 15 de novembro, em Doha, no Qatar.
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
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