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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Brasil tem 50 milhões de motivos para comemorar os 10 anos do Bolsa Família

Brasil tem 50 milhões de motivos para comemorar os 10 anos do Bolsa Família
Ministra Tereza Campello afirma que, além do impacto na renda, na saúde e na educação dos beneficiários, Bolsa Família beneficia também a indústria, o comércio e o mercado de trabalho e afeta, direta ou indiretamente, todos os brasileiros
As 13,8 milhões de famílias – que correspondem a 50 milhões de pessoas – que recebem o benefício mensal do Bolsa Família não são as únicas beneficiadas por ele. Hoje, é difícil encontrar um brasileiro que não seja afetado, direta ou indiretamente, pelo programa. “São 50 milhões de motivos para comemorar os 10 anos do Bolsa Família”, afirmou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, nesta quarta-feira (30), durante a cerimônia de comemoração dos 10 anos do Bolsa Família, em Brasília. A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também participaram da cerimônia.
Durante a solenidade, Tereza Campello rechaçou todos os mitos que rondaram o programa nesses últimos 10 anos e disse que o momento atual é uma oportunidade para fazer um balanço dos resultados, divulgar os êxitos e aprimorar ainda mais o Bolsa Família. “Atualmente é fácil defender o Bolsa Família, mas nem sempre foi assim”, disse. “Basta de achismos e de suposições. Temos dados, estatísticas, evidências científicas robustas, nacionais e internacionais, que sepultam os mitos, os preconceitos e comprovam os efeitos do Programa Bolsas Família na vida dos mais pobres.” 
A ministra apresentou os impactos do programa na saúde e na educação das crianças. Segundo ela, mais de 5 milhões de crianças menores de 7 anos estão com a vacinação em dia – este é um dos compromissos assumidos pelas famílias atendidas. Tereza Campello citou também o estudo publicado em maio na revista científica The Lancet, que afirma que o Bolsa Família contribuiu para reduzir a mortalidade infantil das crianças até 5 anos em 19,4%, entre 2004 e 2009. O mesmo estudo aponta que, nas doenças ligadas diretamente à pobreza, a queda da mortalidade infantil foi mais acentuada: 46,3% nos casos de diarreia e 58,2% por desnutrição nos municípios com alta cobertura do programa.
Para a ministra, os compromissos de saúde do Bolsa Família fazem com que as gestantes se alimentem melhor e façam o acompanhamento pré-natal. Ao longo de dez anos, essas medidas diminuíram a quantidade de nascimentos prematuros e melhoraram a situação nutricional das crianças desde o nascimento. “Esse menino [beneficiário do bolsa família] ultrapassou uma barreira e está onde seus pais nunca estiveram. Chegou aos cinco anos em condições similares às demais crianças, pronto para entrar na escola”, comentou.
Na educação, a ministra afirmou que 15,1 milhões de crianças e adolescentes têm a frequência acompanhada mensalmente e informada a cada dois meses ao governo para providências. Estudos também mostram que o abandono escolar entre as crianças beneficiárias é menor em todo o ciclo básico da educação. No ensino médio, é de 7%, enquanto a média nacional é de 10,8%. 
Tereza Campello também citou os resultados alcançados a partir do Plano Brasil Sem Miséria. Desde 2011, o governo federal estabeleceu a meta de garantir uma renda de pelo menos R$ 70 mensais por pessoa para todas as famílias incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e no Bolsa Família. Segundo a ministra, o valor total das transferências do Bolsa Família teve aumento real de 55% entre 2010 e 2013 e o benefício entre os mais pobres cresceu 102%.
Com investimento anual de R$ 24 bilhões, o Bolsa Família retirou 36 milhões de pessoas da extrema pobreza do ponto de vista da renda – destas, 22 milhões saíram com o apoio do Plano Brasil Sem Miséria. “São 0,46% do PIB que se traduzem em políticas para superar a pobreza e em uma porta de futuro para as nossas crianças’’, disse a ministra, referindo-se ao papel do Bolsa Família na economia do país. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lançado neste mês, aponta que cada R$ 1 investido no programa estimula o crescimento de R$ 1,78 no Produto Interno Bruto (PIB). “É bom para o comércio, é para a indústria, é para gerar emprego, ou seja, é bom para o Brasil.”

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