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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Tereza Campello reforça agenda de inclusão produtiva com novo ministro do Trabalho

Parceria com o MTE para realização da 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil foi um dos temas da reunião. Ministros também falaram sobre ações voltadas ao público do Plano Brasil Sem Miséria
Ubirajara Machado/MDS
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Brasília, 4 – Tereza Campello em reunião com ministro Manoel Dias (Trabalho)
Brasília, 4 – A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, reuniu-se hoje (4) com o novo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, para reforçar ações conjuntas entre as pastas, especialmente na área de inclusão produtiva da população de baixa renda inserida no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Ela destacou o repasse de R$ 21 milhões do MDS para financiar ações de intermediação de mão de obra para o público do Brasil Sem Miséria, por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine). A meta é viabilizar a colocação de 106 mil pessoas de baixa renda no mercado de trabalho.

De acordo com Tereza Campello, o governo já contabiliza 360 mil matrículas em cursos de qualificação profissional do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Brasil Sem Miséria). “Estamos tendo um retorno fantástico e o desafio agora é garantir melhores oportunidades de trabalho para essa população. A parceria com o Sine é estratégica para atingirmos esse objetivo”.

Os cursos do Pronatec, acrescentou ela, atendem a demanda de mão de obra de cada localidade, o que facilita a colocação dos formandos no mercado de trabalho. “A população extremamente pobre trabalha, mas, em geral, são empregos muito frágeis e de alta rotatividade. Muitos fazem bico por causa da baixa escolaridade e qualificação profissional. Estamos revertendo esse quadro.”

Inicialmente, os recursos destinados à intermediação de mão de obra vão atender as agências do Sine localizadas no Nordeste e Minas Gerais. O MDS e MTE vão debater a expansão para as demais regiões.

O apoio à economia popular e solidária é outra iniciativa conjunta dos órgãos. O MDS e o MTE destinaram mais de R$ 78 milhões para municípios interessados em financiar projetos nesse segmento, priorizando aqueles que incluem pessoas extremamente pobres. Até o momento, 32 prefeituras já assinaram convênios com o Ministério do Trabalho e Emprego. Essas iniciativas são importantes para manter o mercado de trabalho aquecido e incentivar iniciativas sustentáveis de inclusão social e desenvolvimento econômico, assinalou o ministro Manoel Dias.

Conferência – Os ministros debateram ainda a 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, que será realizada de 8 a 10 de outubro, no Brasil. O MDS e o MTE, além do Ministério das Relações Exteriores, coordenam a conferência.

“Temos o desafio de realizar um evento que traga contribuições efetivas para o avanço nas estratégias de combate ao trabalho infantil no Brasil e no mundo. O Brasil foi escolhido sede da conferência justamente por ser um dos países que mais conseguiu avançar na redução do trabalho infantil nos últimos anos”, observou Tereza Campello.

Segundo dados do Censo 2010, o trabalho infantil diminuiu 13,44% no país entre 2000 e 2010. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o dado geral mostra diminuição no trabalho infantil na faixa etária entre os 10 e 17 anos. Caiu de 3,94 milhões de crianças e adolescentes ocupados em 2000 para 3,4 milhões em 2010. “Avançamos muito, mas sabemos que é preciso melhorar ainda mais. A conferência certamente contribuirá para dar luz a esse tema, além de permitir a troca de experiências entre os países para a eliminação das piores formas de trabalho infantil”, disse Tereza Campello.

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